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Como a Internet das Coisas irá impactar o consumo no mundo

Larissa Paes
Artigo por
Larissa Paes
Publicado em
17/10/17

Os brasileiros são os consumidores mais abertos à adoção de novas tecnologias de Internet das Coisas (IoT), de acordo com uma nova pesquisa da Worldpay. O estudo revela que 81% dos consumidores brasileiros já estão preparados para fazer compras por meio de dispositivos conectados e acreditam que esse processo é parte da evolução de como as empresas e o público se relacionam, colocando o Brasil entre os líderes na adoção de Internet das Coisas no consumo.

O levantamento também mostra que brasileiros acreditam que a IoT irá tornar a rotina mais fácil e prática. Aproximadamente 43% dos entrevistados afirmaram que precisam aprovar cada compra antes de o pedido ser feito pelo dispositivo.

As expectativas de investimentos não escondem que até 2025 a IoT será o grande motor da economia mundial. Empresas e associações já projetam investimentos da ordem de US$14,4 trilhões. E especialistas acreditam que o valor do investimento na economia com a IoT pode chegar a US$ 7,4 trilhões.

Os dados são otimistas. Empresas brasileiras dos mais variados setores estão investindo US$ 79 milhões em Internet das Coisas somente em 2017, de acordo com pesquisa divulgada pela empresa de tecnologia Tata Consulting. Estima-se que, em 2018 o impacto no mercado mundial da IoT, somente no setor de equipamentos industriais, ultrapasse os 300 milhões de dólares.

A Internet das Coisas e o consumo

A IoT já começa a mudar radicalmente como vivemos, fazemos negócios, comunicamos e consumimos produtos. A consultoria IDC estima que em 2020 serão 50 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo, o que irá movimentar cerca de US$ 1,7 trilhão. Com isso, o volume de dados no Big Data é cada vez maior e, estruturados ou não, eles impactam os negócios no dia a dia. A quantidade de dados é numerosa. Mas o importante é como a empresa os processa e o que vai fazer com eles.

O uso de dados

As pessoas enviam constantemente informações umas para outras. Os sistemas complexos coletam os dados que capturam e transformam em benefícios.  A ideia é adicionar inteligência e sensores a objetos do dia a dia para que eles possam comunicar entre si e também com os seres humanos, trazendo enormes avanços potenciais para a nossa vida e para diversas áreas da economia como a manufatura, saúde, varejo, cidades inteligentes, entre outras. O que até pouco tempo atrás era considerado apenas ficção científica, hoje, é um mercado que cresce de forma exponencial.

Ao conectar pessoas, processos, dados e objetos, a IoT tem permitido que as empresas acumulem e acessem informações sobre os hábitos de consumo das pessoas com uma precisão muito maior do que acontecia há alguns anos atrás. Com a IoT e as novas tecnologias exponenciais, as informações são mais facilmente coletadas, já que a pessoa está conectada durante grande parte, senão todo o tempo.

Até pouco tempo, os smartphones não eram uma realidade da maioria dos brasileiros. Com a evolução tecnológica e preços mais acessíveis, além de funcionalidades atraentes, quem não tem um smartphone em mãos hoje em dia? Os próprios dispositivos móveis passam a ser utilizados como sensores e captadores de dados.

Potencial para os mercados

Todo esse potencial de mercado impacta na forma de comprar e consumir produtos. Quando você faz compras online, provavelmente, não leva em consideração a quantidade de dados que gera. Esses dados podem ser considerados o centro do relacionamento entre você e as lojas e são ativos valiosíssimos que podem transformar e otimizar a experiência de compra.

Ao utilizar a Internet das Coisas, o varejista passa a ter condições de oferecer produtos e serviços mais assertivos aos diferentes perfis de clientes. A palavra-chave para o mercado hoje é a personalização, tanto de produtos quanto de atendimento. Por isso, a IoT resulta em uma relação de ganha-ganha. A empresa se aproxima do cliente e o consumidor recebe ofertas mais alinhadas aos seus anseios.

A tecnologia para IoT

As ferramentas centradas em dados são apenas o começo. A tecnologia ainda levará os clientes a outro patamar de experiência de consumir. Hoje, comércios inovadores estão incentivando os clientes a usarem a realidade virtual para comprar em qualquer lugar do mundo Isso gera engajamento em experiências de compras personalizadas em realidade virtual. Enquanto isso,  a tecnologia imersiva está abrindo portas para que os varejistas alcancem novos mercados de forma criativa.

Do total de dispositivos conectados, 63% (ou 5,2 bilhões de unidades) são do segmento de consumo. Nesse ritmo, as empresas devem implantar 3,1 bilhões de coisas conectadas ainda neste ano. Entre os exemplos de aplicações mais usadas estão os sistemas automotivos, as TVs inteligentes e os conversores digitais. Além desses, medidores elétricos inteligentes e as câmeras de segurança comerciais serão empregados pelas organizações.

Com a infraestrutura da IoT colocada em prática, o relacionamento empresa/cliente pode ser direto e imediato. Assim como baseado no acesso direto a dados objetivos. Com ela, é possível mensurar e entender mais precisamente quem são os clientes. Mas principalmente como suas necessidades mudam ao longo do tempo. Assim, a oferta de produtos poderá ser personalizada para cada um.

A Internet das Coisas no Brasil

Apesar de pouco conhecida, a tecnologia IoT já está presente no Brasil, e com cases de sucesso. Uma empresa utilizou a IoT em refrigeradores e detectou problemas um dia antes que o aparelho apresentasse defeito. Assim, ela enviou a demanda para o técnico antes de quebrar. O grande segredo da IoT para a tríade indústria, consumidor e varejo é que ele permite que a empresa se conecte diretamente aos nossos consumidores.

Na cidade de Petrópolis o monitoramento dos pluviômetros para a detecção de calamidades utiliza a tecnologia IoT. A mesma que faz funcionar os radares de trânsito da cidade de São Paulo. E também que transmitem informações diversas sobre um veículo diretamente para uma viatura da polícia.

Outro exemplo em território nacional são as lixeiras do Paraná, que emitem avisos a uma central de gerenciamento quando estão cheias. Assim, os órgãos públicos conseguem evitar o acúmulo de lixo e, consequentemente, reduzir o risco de enchentes em regiões vulneráveis.

E você, como acha que a Internet das Coisas está impactando no cotidiano do consumidor? Diga pra gente nos comentários.

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